Semana passada,
após um acidente em uma das importantes vias de Porto Alegre, novamente vimos nossa cidade com seu trânsito parado no final da tarde. Este passou a ser o assunto do momento por todos, pois, de alguma forma, todos foram atingidos. Foi o taxi que não chegava, a lotação (nosso micro ônibus de transporte público) que não andava, os "azulzinhos" (nossos fiscais de trânsito)que não se entendiam, em fim..um caos. E toda vez que esse caos acontece sobre o nosso trânsito, o assunto "é posto à mesa".
"Como resolver o trânsito de nossa capital?"
O triste em tudo isto é perceber o nível de conhecimento sobre o qual a discussão é baseada. A insistência em achar que a solução está em: alargar, alargar, alargar e alargar vias, ou em: Viadutos e mais viadutos. Típica mentalidade política para justificar novos investimentos em obras de pouca utilidade e nada qualificadora à nossa cidade. É uma contra-mão do olhar contemporâneo e futurista sobre as cidades.
Onde estão nossos grandes urbanistas e intelectuais entendidos do assunto? Por que não fazem parte dos governos e vida pública que nos regem?
Alguma vez tivemos um engenheiro (sem ofensa aos profissionais, por favor) cuidando da saúde? Pois então, Cadê os Urbanistas? Cadê a qualidade no planejar o futuro e o presente?
"Caramba!", não sabem nem projetar uma faixa de pedestre!!!! E agora inventaram essa campanha de pedir "por favor" com a mão para não sermos atropelados na faixa. Claro que tem méritos a campanha, mas de que adianta se as faixas mais parecem uma perigosa "ratoeira" do que uma proteção ao pedestre? Em posições terríveis e sem qualquer sinalizador e "diminuidor" de velocidade para os automóveis...daí fica complicado.
Bom, mas isso foi só uma introdução para os próximos textos.
Acompanhem.
Abraços,
Maurício Aurvalle.